14 de fevereiro de 2014

Dedé revela comoção do elenco com situação vivida no Peru

     2 dias após o jogo em Huancayo , os jogadores cruzeirenses retornaram aos treinamentos na Toca da Raposa II e iniciou a preparação para o jogo de domingo contra o Atlético Mineiro , na Arena Independência .
     Mas o treinamento foi de pouco nessa sexta feira , muito ainda se fala da discriminação racial com o volante Tinga  , por parte da torcida adversária. 
     Após o triste fato ocorrido , milhões de pessoas se uniram em redes sociais e mandaram mensagens de apoio á Tinga e ao fim do preconceito . O zagueiro Dedé gostou da atitude do povo brasileiro , mas falou de sua revolta com o que aconteceu lá em Huancayo : 
     "É legal ver meus amigos que estão jogando fora, meus amigos de pagode, o povo brasileiro, se unir contra a situação muito feia que aconteceu com nosso companheiro Tinga. Essa discriminação não pode acontecer. Eu fiquei revoltado. Foi o único jogo que me vi descontrolado. Fiquei com o olho cheio de lágrima. Cheguei no avião e não consegui dormir. Fechava o olho e lembrava de palavras que o Tinga tinha  me dito, de família. Estou bem mexido com isso. Me senti na pele do Tinga, também sou negro. Acima de tudo, somos todos iguais". 
     Dedé mostrou porque Tinga é um dos principais jogadores do elenco cruzeirense : 
     "Mexeu muito com todos. Se eles conhecessem o Tinga, iam ajoelhar e pedir benção para o Tinga, pela pessoa que é. É um cara que saiu de clubes rivais e criou amizades dentro. Aqui no grupo, se não for o melhor, é um dos melhores companheiros. Quando preciso, é o cara que encosto para pedir conselho. O Tinga não merece isso. Eu já era muito fã do Tinga. Depois da declaração dele, virou master pra mim".
     Por fim , Dedé afirmou que ele já sofreu racismo no Paraguai , quando vestia a camisa do Vasco da Gama : 
     "Eu tinha sofrido uma situação, eu e o Willian Barbio, em 2012, contra o Libertad-PAR. Situação muito chata. A do Tinga deu até mais repercussão, pelo fato de eles imitarem o gesto de um macaco. Acho que foi mais grave. Embora, sendo racismo, é tudo grave. Lá no Vasco, a torcida ficou revoltada da mesma forma que a do Cruzeiro".

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